"Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que a fez tão importante"
(Antoine de Saint-Exupéry)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Domingo de Chuva!


O nascer da tempestade foi na tarde de ontem, um domingo cheio de risadas e gritinhos de crianças brincando e comemorando felizes o aniversário e uma amiguinha.
Depois de uma trovoada forte a chuva veio, e persistiu...hoje em meu jardim, chove a minha chuva, e também chove chuva de verdade...
A ventania que veio e espalhou tudo no ar no início da tempestade passou, mas uma força natural explodia em mim, raios e trovões internos,  e o que sobrou foram meus pensamentos, eu contando ao vento quase brisa o que sobrou das flores, das folhas, dos pedaços de mim, que dançam em um baile particular, junto com a chuva forte que bateu nas janelas, meus pés e minha alma pedem pra eu caminhar na chuva...os fragmentos de felicidade sem fim, ao lado dela, ao lado dele...e ela pede...ainda mais agora que ganhou uma capa de chuva de joaninha...logo ela, a joaninha, que sempre me acompanhou se fazendo presente e me dizendo que ele estava presente.




Olhando o céu hoje, busquei por ventos que varressem minhas amargas lembranças, mas me aquietei, parei, vi somente a chuva caindo lentamente, as pessoas passando apressadas com seus guarda-chuvas coloridos, alheias a beleza do dia, do cinza, da chuva.
Meu coração está em silêncio,  naqueles dias que sentimos um vago aperto no peito e que não sabemos exatamente o que é. Em dias assim procuramos sentimentos, momentos, lembranças. Procuramos a chave que nos liberte para voar, para simplesmente viver, com mais sorrisos e menos rugas de preocupação.
As vezes a nossa alma é como uma colcha de retalhos, temos que ajustá-los, costurá-los, encontrar cada peça que se adapte a outra e isso nos traz um turbilhão de sensações.  O Sim, o Não, o Medo,  a Alegria, a Paz, a Vontade de ser completamente feliz...utopia? Creio que sim. Só sente Saudades quem viveu, e quem viveu e sente saudades nunca mais é completamente feliz.
A felicidade é sempre um fragmento da colcha, sempre aos pedaços, sempre de momentos.

Fotos: Parador da Montanha - Rio dos Cedros/SC


2 comentários:

  1. A felicidade e a tristeza dentro do mesmo time, não é mesmo, minha amiga?
    Me indentifiquei tanto com seu texto. Hoje minha vida esta uma espécie de turbilhão de sentimento. Sorrio, choro, gargalhada, olho marejado. Essa vida um dia ainda me consome!
    Amo-te!

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  2. Lindo texto. Sentimentos com cara de chuva de Sampa, que vem calminha, vira tempestade, depois passa, depois volta. Vc é mto inspirada, Lulu! Parabéns! BJs!!!

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Pingos de Chuva