"Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que a fez tão importante"
(Antoine de Saint-Exupéry)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Nasci para a Chuva!!!


"...nasci para a vida, para a terra, para a poesia e para a chuva..."
(Pablo Neruda)




Final de tarde cinzenta, o início da noite será sem estrelas no céu, janela fechadas, cheiro de chuva.
Nuvens, luzes que se ascendem no horizonte de prédios diante da névoa nos morros.
Os dias de chuva são injustiçados, você já tentou compreender qual a sua reação diante de algo que todos falam que é ruim mas que no fundo do seu coração você pode achar bom?
Acredito que não existe crescimento sem dor, nem sem amor...todas as formas, cores e dimensões. Uma tempestade traz sempre novos ventos, novos vínculos e até novas cinzas. A chuva geralmente tem o poder de me deixar perto de mim mesma, me reconstrói, me mostra um novo ângulo de visão, muito mais colorido e brilhante. Os príncipios e os meios são repensados, o fim transgredido, os elos reforçados. Em dias assim gosto de propor um brinde: com um bom vinho tinto de preferência um Cabernet Sauvignon da Concha Y Toro: Tim Tim a vida! A Chuva, a terra pulsante que expele a lava do vulcão.
Em meus pensamentos juntei raios e trovões, juntei nuvens carregadas e relâmpagos coloridos, formou-se minha tempestade particular. A chuva caiu por horas, lavou a alma, a terra, o passado, o coração, a razão, a vida.  Abrir minha linda sombrinha de poá nessa hora já não adiantaria, o vento  a impediria de me proteger da chuva, não tinha mais jeito, meu abrigo era mesmo a chuva, os pingos que molhavam meu rosto, que destruiam meu cabelo tão cuidadosamente escovado. É assim que me sinto viva... Não sei se quero secar, se quero o calor do sol. Meu aconchego é mesmo a chuva.

"Essa chuva fria do sul da América não tem as rajadas
impulsivas da chuva quente que cai como um látego e passa
deixando o céu azul. Pelo contrário, a chuva austral tem
paciência e continua sem fim, caindo do céu cinzento."
(Pablo Neruda)

3 comentários:

  1. Gosto de chuva, mas daquelas que parecem gotas, que fazem desenhos nas janelas. Amo também o cheiro de terra, o vento que traz cheiro de mar, de planta molhada. No entanto, tenho medo de temporais, de raios e trovões, sou infantil até nisso.
    E aqui hoje a tarde estar cinza, o vento brando, e chuva brinca com as crianças na praça... Molha a vida sem demasiar o tempo.
    Acho lindo seu parecer sob dias de chuva, e dias de tempestade, como abraça as suas paixões.
    Beijos

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    1. oi telma tabem goto do dia de chuva naoteinha medo de trovoes, ele e da na tureza ta bem nao teinha medo de raios e so quado tive raios e so fica loge do fero assi ele nao pçode bate em voce ta txau

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  2. Se os pingos de chuva fossem pingos de morango, que chuva doce seria... Rs!! Adorei chegar aqui, um bj doce e apareca nas abobrinha
    Roberta
    www.docesabobrinhas.com

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Pingos de Chuva